Todo o universo vive em perene mutação.
Como não poderia deixar de ser, houve uma grande mudança em minha vida.
Apesar dos acontecimentos que me deixaram quebrado, posso dizer que passei
uma noite de natal diferente. Com cacos por todos os lados, e tentando restaurar
a minha estrutura.
O não ter passado na minha casa, com todo aquele cenário que a minha menina
costumava elaborar, foi um choque, mas, posso dizer que foi belo.
Fui acolhido como um prezado irmão que retorna de uma viajem. A alegria e o
carinho estavam estampados nos rostos e nas ações com que me contemplavam.
Senti-me inteiramente envolvido pela energia positiva, que naquela casa brotava
como se fosse um canal ligado diretamente aos céus, recebendo os eflúvios dos
deuses. Natal, uma data que atualmente é comemorada de um modo diverso daquele
no qual foi-me apresentado quando criança. Como sabemos que tudo muda, não poderia ser diferente. Algumas mudanças nos traz prazer, outras nos deixa pesarosos, mas,
em qualquer circunstancias estamos recebendo o que temos direito.
Hoje nesta noite de natal, apesar das aflições passadas, recebi uma das coisas
mais caras que existe na vida, a amizade. Os amigos me cercaram, sentiram que eu
estava precisando da UTI da amizade, se aglutinaram a minha volta, pensaram as
minhas feridas, cuidaram de mim com todo desvelo. Fizeram com que me recuperasse
da dor e aflição, colaram os meus cacos. Deram-me de comer e beber, afim de que
minhas forças fossem restabelecidas. Estabeleceram um modo para que minha cabeça
ficasse livre de pensamentos tristes e saudosos. Deram-me um bom quinhão de alegria
senti uma gratidão infinita. A casa estava soberba na luz natalina recebida do céu.
As crianças como pequenos pássaros, corriam a nossa volta gorgeando felicidade e
prazer de estar neste mundo. Isso me mostrou que a vida é bela, muito bela. Onde
houver crinças brincando, falando, gritando e fazendo travessuras, o mundo estará
reservado ao bem. Enquanto houver lares como esse a vida será traduzida por
carinho, respeito, amizade e amor ao proximo.
Que Deus Onipotente preserve esta casa de todos os males, e aos seus ocupantes lhes
transmita o mais sublime amor.
Assim seja.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Uma imensa dor
Procurei quando criança em uma árvore um ninho de pássaros, queri ve-lo de perto
e saber como era feito. Assim, como todo menino travesso, subi em uma frondosa
mangueira que existia no terreno de minha casa. Como toda criança quase sempre
desastrada, encontrei o ninho, vi dois filhotes de passarinho, toquei em um e
o outro caiu ao chão. Fiquei apavorado, sabia que tinha feito algo de errado,
desci rápido e fui pegar o pequenino filhote para devolve-lo de volta ao ninho.
Ao pega-lo e coloca-lo na palma de minha mão, senti que o passarinho arfava há
procura de ar. O tombo do galho onde se encontrava lhe havia prejudicado com
gravidade. Nada eu poderia fazer para ajuda-lo. O filhote com desmedido abrir
do bico e sem ar, caiu inerte na minha mão. Senti-me triste por ter causado
aquele mal. Pensei que Deus um dia iria castigar-me por aquele insulto a uma
criaturinha tão frágil. Hoje me veio ao encontro essa visão dolorosa, ao olhar
a minha garotinha frágil como um passarinho, deita naquela cama de ferro de
um hospital, ofegante a procura de ar. Chorei, pedi perdão a Deus por Tê-lo
ofendido. Orei para que Ele não permitisse que ela sofresse, que fosse
complacente, não a castigasse por minha causa. Vi naquela menina inerte a figura
de meu pardalzinho caido do ninho. Voltei a chorar, chorei comop jamais havia
chorado em toda minha vida, ao ter a certeza que mais uma vez eu não poderia
ajudar. Então entrei em um vácuo, senti-me a cair desordenamente. O corpo ficou
exausto e a mente exaurida. Pela primeira vez senti a dor irreparável de uma perda.
Neste sentimento, vi que um ciclo majestoso de minha existência tinha acabado de
passar. Senti uma imensa dor.
e saber como era feito. Assim, como todo menino travesso, subi em uma frondosa
mangueira que existia no terreno de minha casa. Como toda criança quase sempre
desastrada, encontrei o ninho, vi dois filhotes de passarinho, toquei em um e
o outro caiu ao chão. Fiquei apavorado, sabia que tinha feito algo de errado,
desci rápido e fui pegar o pequenino filhote para devolve-lo de volta ao ninho.
Ao pega-lo e coloca-lo na palma de minha mão, senti que o passarinho arfava há
procura de ar. O tombo do galho onde se encontrava lhe havia prejudicado com
gravidade. Nada eu poderia fazer para ajuda-lo. O filhote com desmedido abrir
do bico e sem ar, caiu inerte na minha mão. Senti-me triste por ter causado
aquele mal. Pensei que Deus um dia iria castigar-me por aquele insulto a uma
criaturinha tão frágil. Hoje me veio ao encontro essa visão dolorosa, ao olhar
a minha garotinha frágil como um passarinho, deita naquela cama de ferro de
um hospital, ofegante a procura de ar. Chorei, pedi perdão a Deus por Tê-lo
ofendido. Orei para que Ele não permitisse que ela sofresse, que fosse
complacente, não a castigasse por minha causa. Vi naquela menina inerte a figura
de meu pardalzinho caido do ninho. Voltei a chorar, chorei comop jamais havia
chorado em toda minha vida, ao ter a certeza que mais uma vez eu não poderia
ajudar. Então entrei em um vácuo, senti-me a cair desordenamente. O corpo ficou
exausto e a mente exaurida. Pela primeira vez senti a dor irreparável de uma perda.
Neste sentimento, vi que um ciclo majestoso de minha existência tinha acabado de
passar. Senti uma imensa dor.
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