sexta-feira, 20 de julho de 2007

O homem... o ser esquecido

No rio da vida, que deveria ser um manancial de águas claras e mormurantes, deparamos hoje
com a poluição da ganância, corrupção, hipocrisia, inveja, ódio e arrogância.
Então passamos a ver corpos inanimados em sua viagens macabras pelas corredeiras da vida.
Disformes como câmaras-de-ar estouradas, bóiam em grotescas posições, formando imagens
horríveis de uma raça deteriorada. O sentido da vida dessa espécie de ser humano está extinto,
pois a existência em sua pura nobreza já está cansada pela baixeza moral, intelectual e física.
O próprio espírito já se afastou dessas condições, onde os acordes melodiosos da musica foram
substituídos por sons dilacerantes de agonia e terror. O calor humano foi substituído pela frigidez.
O amor pela indiferença, e a tolerância pela agressão e a guerra. O bem maior, a coroação de todo
universo que é o amor, foi sufocado. O que veio em seu lugar para dar prazer e levar o climax da
nossa galáxia aos píncaros, foi a divindade que há milênios começamos a louvar e cultivar,
que é, a dama maldade humana, mãe da morte violenta.
Essa é a nossa atual posição.
O homem conquistou o espaço, posou na lua, porém esqueceu os deveres de casa.
Esqueceu a si próprio. O homem... o ser esquecido. Que tétrica contestação.

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