terça-feira, 31 de julho de 2007

Uma réstia de luz se apaga

Na linha do horizonte vejo no mar o céu encostar.
Vejo a luz do dia rebrilhar nas águas, como se fosse
prata liquida.
Sinto a riqueza da natureza mostrando aos homens que
é belo amar. E os homens não aprendem, continuam a
se odiar.
Quantas vidas tiradas nesse dia?
Quantas mães a chorar?
O rico mata o pobre, por ele ser pobre.
O pobre mata o rico, por ele ser rico.
Os políticos roubam o povo, porque o povo assim o quer.
A parceria homem e mulher, está cada vez mais difícil.
Viver por viver! Me perguntaram, porque viver?
Sentir dor, sentir lágrimas quentes correndo pelo rosto,
passamos a língua, e sentimos o gosto de sal.
Quantas crianças chorando? Pergunto eu!
Porque viver para o mal?
O rio correndo para o mar, tão sujo, tão poluído, é triste
viver assim.
O casal ao lado olha para mim.
Ele sacode a cabeça para ela a dizer não.
Ela bela e jovem, diz não quero viver assim. Olha para o
seu homem, e fala, amor porque Deus não se lembra de mim?
Ele também jovem, responde não acredito! Esqueça Deus,
lembre-se de mim. Aqui estou, muito perto, é o calor do
meu corpo que neste momento aquece o seu.
É o reflexo desse céu que se encosta ao mar, que é Deus.
Com o sol brilhando no espaço, a bela jovem põe a cabeça
no seu regaço. Ele a olha com carinho. Beija sua boca com
sofreguidão.
Escuta-se um estampido, uma bala perdida, seu corpo cai
para a frente, por cima do corpo dela. Ela assustada, sem
saber ainda o que aconteceu, olha para o mar, vê uma réstia
de luz se apagar.
De outro modo não poderia ser. Os homens continuam a se odiar.
Uma lágrima de dor corre pelo seu rosto a procura do mar.
Fico a pensar...
Como Deus permite que neste mundo chamado terra, tantas
desgraças e loucuras tenham lugar?

Nenhum comentário: