No concerto da vida, as cordas são tocadas pelo vento.
Em um momento, um vento brando faz os acordes soarem suaves em nossas vidas,
quase uma brisa melodiosa nos da o tom da brandura do amor.
Em outras fazes, com a ferocidade de um furacão nos chega a tristeza, e com ela
languida, se insinuando em nossos pensamentos a dor que traz consigo a angustia,
e isto nos leva a pensar, se existe realmente algo válido em nossas vidas.
Será que o uso constante da rotina terá nos afetado de modo a deixar-nos a deriva?
Eis uma questão que provávelmente nos porá a frente de uma infinidade de
respostas, pois à cada indivíduo uma idéia, e quiçá argumentos que nos deixarão
perplexos, pois cabe uma interpretação adaptável as condições de cada um.
Creio que quem responder sobre essa questão, lhe será concedido a medalha da
sabedoria adquirida nos livros ou na prática da vivência.
De qualquer forma estaremos sempre ao sabor do vento, que é a força da natureza
nos empurrando para a única verdade e realidade à vida, que deve ser trabalhada
e bem trabalhada, e posteriormente a morte.
É algo impar, sem rival, podemos até achar cruel, porém em sua majestade, ela é
incrivelmente bela, pois nos tira o peso dessa realidade. Nos impede de sermos
onipotentes e eternos tiranos, não nos da o prazer do eterno poder, justamente
porque tudo que fizermos nesta vida, com o coração cheio de inveja, prepotência,
vaidade e orgulho será extinto da maneira mais simples e singela, como o apertar
de um interruptor apagando as luzes.
Só nos resta rir, ou sorrir, pois uma suave aragem, nos diz que a vida e o poder
do homem (para nossa sorte), não é eterno, será conduzido por um vento que nos
fará ressarcir de nossas mazelas.
Outros seres virão e terão a tarefa de aprimorar o que não conseguimos, mas jamais
teremos o poder da perfeição.
E o concerto da vida será finito com os acordes soando com um vento em diapasão
descompassado.
terça-feira, 3 de junho de 2008
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