terça-feira, 3 de junho de 2008

O vento a vida e a morte

No concerto da vida, as cordas são tocadas pelo vento.
Em um momento, um vento brando faz os acordes soarem suaves em nossas vidas,
quase uma brisa melodiosa nos da o tom da brandura do amor.
Em outras fazes, com a ferocidade de um furacão nos chega a tristeza, e com ela
languida, se insinuando em nossos pensamentos a dor que traz consigo a angustia,
e isto nos leva a pensar, se existe realmente algo válido em nossas vidas.
Será que o uso constante da rotina terá nos afetado de modo a deixar-nos a deriva?
Eis uma questão que provávelmente nos porá a frente de uma infinidade de
respostas, pois à cada indivíduo uma idéia, e quiçá argumentos que nos deixarão
perplexos, pois cabe uma interpretação adaptável as condições de cada um.
Creio que quem responder sobre essa questão, lhe será concedido a medalha da
sabedoria adquirida nos livros ou na prática da vivência.
De qualquer forma estaremos sempre ao sabor do vento, que é a força da natureza
nos empurrando para a única verdade e realidade à vida, que deve ser trabalhada
e bem trabalhada, e posteriormente a morte.
É algo impar, sem rival, podemos até achar cruel, porém em sua majestade, ela é
incrivelmente bela, pois nos tira o peso dessa realidade. Nos impede de sermos
onipotentes e eternos tiranos, não nos da o prazer do eterno poder, justamente
porque tudo que fizermos nesta vida, com o coração cheio de inveja, prepotência,
vaidade e orgulho será extinto da maneira mais simples e singela, como o apertar
de um interruptor apagando as luzes.
Só nos resta rir, ou sorrir, pois uma suave aragem, nos diz que a vida e o poder
do homem (para nossa sorte), não é eterno, será conduzido por um vento que nos
fará ressarcir de nossas mazelas.
Outros seres virão e terão a tarefa de aprimorar o que não conseguimos, mas jamais
teremos o poder da perfeição.
E o concerto da vida será finito com os acordes soando com um vento em diapasão
descompassado.

Nenhum comentário: