Mais uma vez ele esboçou um simpático sorriso. Retorquiu que a minha resposta tinha sido do modo que ele
esperava. Fui humilde, melhor do que isso, seria se eu fosse um bebê, pois não teria ainda coisa alguma
formada na minha mente. Partindo do ponto de minha explanação, eu podia me considerar seu discípulo.
Agradeci, me senti eufórico. Nem tudo estava perdido. Pensei na minha promoção, achei que foi melhor
assim. Agora teria algo para me informar quem eu sou.
Ele olhou-me, disse que o chamam de Marabô o Eremita, mora no alto da serra em uma linda cidade de
veraneio, mas o local fica distante do centro. Prefere morar perto de um riacho que está dentro da mata.
Deu-me o seu endereço completo, mais uma vez olhou-me fixamente, deu um sorriso, balançou a cabeça,
como a dizer um sonoro sim. Nos despedimos como se já nos conhecêssemos há muito tempo.
Voltei para o meu trabalho com outra visão. Tinha sido promovido. Tinha uma responsabilidade maior,
ser discípulo de Marabô o Eremita.
Aprender a viver e nada tirar da vida, apenas acrescentar o que se ganha no dia-a-dia.
Amei a vida, senti-me maravilhosamente bem.
Acredito, essa foi a minha primeira aula.
Eu, Abu-El-Moura discípulo de Marabô o Eremita.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
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